Brasília - DF




01 fevereiro 2009

Amas na fotografia brasileira da segunda metade do séc. XIX

Desenvolvido a partir de fotografias da época, este estudo de Sandra Sofia Machado Koutsoukos leva-nos a um passeio curioso pela intimidade das famílias brasileiras e suas relações com as amas-de-leite. Segue um pequeno trecho, com link para o texto completo.

... “Até a abolição da escravatura no Brasil (em 1888), muitas das amas eram escravas que pertenciam à própria família, ou que eram alugadas para tal. Porém, várias delas eram separadas de seus filhos naturais, para que pudessem “criar” os bebês senhoriais. Poucas tiveram a sorte de serem autorizadas a “dividir” o seu leite entre o próprio filho e o bebê branco.

Nos álbuns fotográficos sobreviventes de famílias brancas do século XIX figuram poucos empregados domésticos, dentre eles, a maioria está em retratos de amas (amas-de-leite ou amas-secas) com as crianças brancas por elas cuidadas. Até onde se pode supor, as amas foram levadas aos estúdios, inicialmente, pela vontade dos senhores que, ou queriam uma foto da ama que com tanto carinho e dedicação estava criando o seu bebê (e por quem podiam até ter um afeto verdadeiro, ou apenas uma certa gratidão); ou queriam agradar à ama, lhe ofertando uma bonita foto sua com a criança por ela criada (talvez, quem sabe, primeira e única foto que a ama teria); ou estavam mesmo era querendo uma foto da criança, que não parava quieta em outro colo, a não ser naquele dessa que lhe era mais íntima – a sua ama-de-leite, ou a sua ama-seca. Caso o motivo não fosse nenhum desses, qual seria?”

Ler o texto na íntegra.

Um comentário:

Cecilia e Helena disse...

FANTÁSTICA, a foto!
Helena